segunda-feira, 6 de junho de 2016

Clareando a visão - Abrandando a comunicação


Existem seres humanos que "se comunicam" por gritos.

Falando alto, querem impor seus pontos de vista, as suas opiniões, como se fossem verdades absolutas incontestáveis.

Aparentam brigar, porém são como os homens das cavernas, ainda batendo-se mutuamente para poderem se entender.

Estes seres humanos medievais ainda estão em níveis intelectuais muito próximos dos animais, que se fazem entender através de brigas, comparações, disputas por território e competições.

Vivem na ilusão da dualidade de acharem-se superiores uns aos outros, através de uma auto afirmação errônea, baseada na falsa ideia de que se é apenas o corpo e/ou a mente.

Acostumados ao automatismo de seu julgamento apressado, desperdiçando a busca de todo um leque de informações necessárias para melhor dar um parecer sobre tal assunto e/ou uma questão, brigam entre si, cada qual querendo "ganhar" no grito, ou "puxar a brasa para sua sardinha".

"Atropelando-se" mutuamente ao falar, não ouvem o outro.

Se parecem que te escutam, em sua mente já preparam uma resposta contrária, sem nem ao menos lhe dar a devida e respeitosa atenção.

Só "conversam" aos gritos, e assim não se compreendem.

Não enxergam o outro, e seu ponto de vista complementar ao seu próprio, falta-lhes empatia.

Erroneamente consideram o seu próprio e limitado entendimento como perfeito, esquecendo-se de sua própria imperfeição e discutindo interminavelmente em discordância das opiniões alheias, desconsiderando o entendimento do outro, que é o complemento ao seu próprio.

Devemos agregar valores do conhecimento mútuo entre os seres, criando assim nosso próprio alicerce de desenvolvimento mental e aprendizado constante.

Humildade é um requisito básico de uma mente sadia.

Quando não somos humildes em relação aos outros seres, respeitando seus mais variados costumes e necessidades, seus jeitos e maneiras distintas e únicas de manifestar-se, não respeitamos a existência como um todo.

Acabamos por nos tornar rígidos em nossos pensamentos, sentimentos e atitudes e ariscos com qualquer situação, coisa ou pessoa que esteja contrária a nossa vontade egoísta.

O autoaprimoramento constante é uma regra intrínseca de uma mente sã.

Quando julgamos que o outro não tem nada a nos oferecer de bom, estamos bloqueando nosso próprio entendimento e aprimoramento, que deve sera priori, constantemente lembrado, para não cairmos no erro de julgar-mo-nos perfeitos e melhores em relação aos outros seres, acreditando na ilusão de que eles não são dignos da mesma atenção, reconhecimento e louvor.