"Melhor é conseguir ver um único defeito em nós mesmos, do que conseguir ver mil em outra pessoa."
Assim nos ensina a Sabedoria Budista.
Pois que em nossa experiência normal, é bem mais comum enxergarmos facilmente os defeitos dos outros, mas é muito mais difícil enxergar os nossos próprios, que são justamente os únicos aos quais podemos fazer algo a respeito.
"Porquê enxerga o fio de cabelo no olho de teu irmão, mas não enxerga a trave que está no teu?"
Nos ensinou Mestre Jesus.
Ao ver um pequeno defeito alheio, somos apressados a condenar, e, assim iludidos, ridiculamente nos julgamos superiores.
Na maioria das vezes nem percebemos que estamos fazendo isso.
Isto acontece inconscientemente.
Porque nos impulsiona o julgamento apressado das faltas alheias?
De que adianta tal gasto de energia em frustar-se com nossas próprias expectativas em relação ao outro?
Por que não olhar para o que nos incomoda no outro com compaixão e entendimento?
Não seria melhor, buscar um olhar mais sábio, mais inteligente de verdade, olhando além da nossa corriqueira visão embassada por julgamentos?
Olhar da mesma maneira que Seres mais evoluídos e sutis olham para nós mesmos, que temos ainda muitos defeitos e apegos?
Sejamos humildes. Ninguém é perfeito. Não cobremos perfeição. Nem dos outros, nem de nós mesmos.
Mas que a gente possa estar sempre atento a buscar ser melhores do que nós mesmos, buscar melhorar a si mesmo sempre.
Por isso mesmo, nós que buscamos evoluir, temos a responsabilidade de não cair em erros comuns de julgamento apressado e condenação.
Ninguém é melhor do que ninguém.
Estamos todos em níveis diferentes de aprendizado e evolução, aqui no mesmo planeta, dividindo experiências, problemas e soluções, em níveis variados de lucidez.
Respeitemos os outros seres e seus níveis de realidade.
Buscando verdadeira sabedoria, que é ser realmente humilde. Pois já que não sei tudo, posso continuamente aprender mais, e com isso melhorar a mim mesmo, e por consequência, minha manifestação será mais positiva e isto beneficiará a todos de certa maneira.
Por isto o equilíbrio das coisas é essencial, equilíbrio emocional, atitudes equilibradas, pensamentos equilibrados... buscar ficar atento às flutuações de níveis de lucidez durante o dia.
Quando estamos desequilibrados podemos sentir as seguintes experiências:
Rejeitamos novos conhecimentos por não conseguir-mos compreender de imediato, ou porque vão de embate com ideias pré concebidas e assimiladas durante muito tempo.
Zombamos do que é novo, diferente... do que não compreendemos.
É o clássico "medo do desconhecido", mais ou menos comum a todos nós, de formas variadas.
Medo do que é novo, por desconhecimento (ignorância sobre o tema) ou por assimilação de desinformação (escutou ou leu algo sobre o tema que não continha informações corretas).
São todas estas citadas acima, formas de não lucidez, que tolhem nossos mais belos potenciais de compreensão, entendimento, compaixão e evolução constantes.
Daí que, com a mente em desequilíbrio e portanto, não lúcida, ficamos presos a velhos padrões de conduta, pensamentos e emoções, inconscientemente.
Por isso estas reflexões são muito úteis a todos nós, para termos mais consciência, lucidez e felicidade.
Este texto, em primeiro lugar serve a mim mesmo, e quem sabe, possa ser útil a mais gente também.
Que possamos todos evoluir para sermos melhores que nós mesmos.
Aqui, agora e sempre!
Pietro Enrico 08/07/20