quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Buscando Lucidez





Sempre que vemos algo que classificamos como um defeito em alguém, devemos parar um instante e refletir:


"Melhor é conseguir ver um único defeito em nós mesmos, do que conseguir ver mil em outra pessoa."

Assim nos ensina a Sabedoria Budista.

Pois que em nossa experiência normal, é bem mais comum enxergarmos facilmente os defeitos dos outros, mas é muito mais difícil enxergar os nossos próprios, que são justamente os únicos aos quais podemos fazer algo a respeito.

"Porquê enxerga o fio de cabelo no olho de teu irmão, mas não enxerga a trave que está no teu?"

Nos ensinou Mestre Jesus.

Ao ver um pequeno defeito alheio, somos apressados a condenar, e, assim iludidos, ridiculamente nos julgamos superiores.

Na maioria das vezes nem percebemos que estamos fazendo isso.
Isto acontece inconscientemente.

Porque nos impulsiona o julgamento apressado das faltas alheias?

De que adianta tal gasto de energia em frustar-se com nossas próprias expectativas em relação ao outro?

Por que não olhar para o que nos incomoda no outro com compaixão e entendimento?

Não seria melhor, buscar um olhar mais sábio, mais inteligente de verdade, olhando além da nossa corriqueira visão embassada por julgamentos?

Olhar da mesma maneira que Seres mais evoluídos e sutis olham para nós mesmos, que temos ainda muitos defeitos e apegos?

Sejamos humildes. Ninguém é perfeito. Não cobremos perfeição. Nem dos outros, nem de nós mesmos.

Mas que a gente possa estar sempre atento a buscar ser melhores do que nós mesmos, buscar melhorar a si mesmo sempre.

Por isso mesmo, nós que buscamos evoluir, temos a responsabilidade de não cair em erros comuns de julgamento apressado e condenação.

Ninguém é melhor do que ninguém.

Estamos todos em níveis diferentes de aprendizado e evolução, aqui no mesmo planeta, dividindo experiências, problemas e soluções, em níveis variados de lucidez.

Respeitemos os outros seres e seus níveis de realidade.

Buscando verdadeira sabedoria, que é ser realmente humilde. Pois já que não sei tudo, posso continuamente aprender mais, e com isso melhorar a mim mesmo, e por consequência, minha manifestação será mais positiva e isto beneficiará a todos de certa maneira.

Por isto o equilíbrio das coisas é essencial, equilíbrio emocional, atitudes equilibradas, pensamentos equilibrados... buscar ficar atento às flutuações de níveis de lucidez durante o dia.

Quando estamos desequilibrados podemos sentir as seguintes experiências:

Rejeitamos novos conhecimentos por não conseguir-mos compreender de imediato, ou porque vão de embate com ideias pré concebidas e assimiladas durante muito tempo.

Zombamos do que é novo, diferente... do que não compreendemos.

É o clássico "medo do desconhecido", mais ou menos comum a todos nós, de formas variadas.

Medo do que é novo, por desconhecimento (ignorância sobre o tema) ou por assimilação de desinformação (escutou ou leu algo sobre o tema que não continha informações corretas).

São todas estas citadas acima, formas de não lucidez, que tolhem nossos mais belos potenciais de compreensão, entendimento, compaixão e evolução constantes.

Daí que, com a mente em desequilíbrio e portanto, não lúcida, ficamos presos a velhos padrões de conduta, pensamentos e emoções, inconscientemente.

Por isso estas reflexões são muito úteis a todos nós, para termos mais consciência, lucidez e felicidade.

Este texto, em primeiro lugar serve a mim mesmo, e quem sabe, possa ser útil a mais gente também.

Que possamos todos evoluir para sermos melhores que nós mesmos.

Aqui, agora e sempre!

Pietro Enrico 08/07/20