terça-feira, 16 de novembro de 2010

DIZERES DE UM GRANDE SÁBIO



Sáb, 08 de Maio de 2010 09:44
Escrito por Enki
( Retirado do Site Yogashala - link: http://www.yogashala.org.br/textos-espiritualistas/41-dizeres-de-um-grande-sabio.html )


Olá, amigos e amigas!


No artigo de hoje vou apresentar a vocês a palavra de um grande sábio da humanidade.


Citarei partes do texto Dhammapada ou, em português, “A Senda da Virtude”.


Nele diz Gautama, o Buda:


“Outrora, esta mente vagueava com os sentidos regalados, onde quer que lhe tivesse agradado, como tivesse desejado e quando lhe tivesse aprazido.
Agora eu vou judiciosamente contê-la.
Sede fervorosos na diligência; velai por vosso coração; Desprendei a vós mesmos dos maus caminhos, da mesma forma que o forte elefante luta pra se livrar do atoleiro.
Se vós achardes um companheiro prudente e valoroso de se andar com ele, que seja possuidor de boa conduta e inteligente, sobrepuje todos os perigos e andais com ele alegre e refletivo.
Se vós não achardes um companheiro prudente e valoroso de se andar com ele, aja como um rei que renuncia a seu reino ou como um elefante na floresta dos elefantes: Andai a sós!
É melhor viver só; não há companheirismo com um tolo.
Que alguém ande só, e não faça mal, e fique despreocupado como o elefante na floresta dos elefantes.”


Nesse pequeno trecho, Buda nos mostra que a busca pelo autoconhecimento que nos liberta do sofrimento é uma escolha que cada um pode (e deve) ter.


Ele mesmo nos diz que num passado vivia de forma despretensiosa, isto é, sem lucidez, seguindo apenas os desejos que brotavam em seu ser através do contato dos seus sentidos corporais com o mundo.


São esses desejos que geram as agitações da mente.


Mas Buda não falou de forma radical, ou seja, no sentido de que não podemos desejar nada. Muito pelo contrário. Ele nos falou para sermos judiciosos, usarmos nosso discernimento.


Sabemos o quanto é difícil manter nossos desejos sob controle. É o doce que comemos por gula, e a camisa que compramos por impulso, e a briga com o namorado ou namorada por impulso. Enfim, cada desejo que temos tem por trás uma variação emocional que o motivou.


Assim, Buda ainda deixa outra dica para que gradualmente possamos nos purificar: a boa companhia.


Mas o que seria essa boa companhia?
Geralmente associamos essa companhia a andar com uma pessoa ou grupo de pessoas. Mas o sentido é mais profundo.


Também “andamos” com a leitura, com a música, com a TV, com o cinema…


Mas como saber o que é bom ou ruim, visto que isso é subjetivo nos dias de hoje?


Simples: busque o que é prudente, o que agrega valor, que lhe inspira e lhe traz um senso de bem-estar, e que não causa danos aos outros, porque nossa felicidade e bem-estar não devem ser à custa da infelicidade ou mal-estar de outros, não é mesmo?


Uma boa música, uma boa leitura, um filme, enfim, algo que lhe inspire e que lhe abra novas possibilidades de expressar seu carinho de forma mais ordenada e lúcida. Por exemplo, um amigo ou amiga que lhe cause admiração e inspiração virtuosa. Tem melhor companhia do que essa?


E o alicerce dessa experiência é a Verdade. Não a verdade relativa dos homens, mas a verdade pura e essencial.


Não mentir não é “dizer a verdade”. Ser sincero e confiável, sim.


Ser sincero e confiável não para os outros, mas principalmente para si mesmo.


E para isso ocorrer, é imprescindível a presença do carinho, do bem-querer, do Amor.


Não faça do Amor algo mágico, de outro mundo.


Faça dele algo natural, presente no seu dia-a-dia.


O amor não é um dom. É a nossa natureza.
É só se permitir a presença dele que ele se manifestará.


É deixar fluir.
Acaso há alguma coisa que lhe impeça de, nesse exato momento, olhar para o lado e dizer “Eu o amo”, com sinceridade e profundidade?


Só você é o impedimento.
A reação do outro perante o amor cabe ao outro e não a você.


Nós humanos devemos praticar um pouco esse outro pensamento: “Em vez de julgar, ame!”


Muita paz e muita luz.

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