quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Limites



Todos nós quando ficamos exageradamente nervosos com alguém ou alguma situação, normalmente nos justificamos dizendo:  "Mas tudo tem limite!" ou ainda "Passou dos meus limites!".
Agora vamos imaginar que uma pessoa sofre o mesmo tipo de "inconveniente" que outra, mas lidou com aquela situação de maneira mais tranquila, sem ficar nervosa, sem se alterar, sem "perder a linha".
Obviamente que o tal "limite" desta última pessoa é mais alargado, maior, e assim sendo, ela consegue lidar com a mesma situação de uma maneira mais equilibrada, sem "perder as estribeiras", o que por sinal acaba prejudicando mais a quem ficou nervoso do que ao alvo das irritações, por mais "justas" que lhe pareçam ser.
Ora, observando desta maneira, qual atitude seria mais correta? A daquela pessoa que é mais fácil de se irritar, que tem o seu "limite" curto, frágil, que logo perde o equilíbrio?
Ou seria mais correta a atitude daquela pessoa que que tem o seu "limite" mais largo, amplo, resistente, que mantém o seu equilíbrio a despeito dos acontecimentos?
Quem está mais limitado aqui?
Pensando desta maneira fica fácil a resposta.
Portando, ao compreender que a pessoa que o irritou está ela mesma na pior, com sentimentos pesados, energias densas, pensamentos obscuros ( pois se estivessem claros não estaria ela nesta situação de "agente irritador" ), você pode mudar o rumo dos acontecimentos sendo você mesmo um "agente pacificador", não aceitando o "presente do nervosismo" dado a você por essa pessoa em estado nervoso.
Se alguém lhe dá um "presente bom" ( um sentimento legal, um pensamento bacana, uma atitude sadia ) você aceita de bom grado e logicamente fica feliz em receber um presente desse tipo. Agora se alguém lhe dá um "presente ruim" ( sentimentos pesados, pensamentos obscuros e limitantes, atitudes agressivas ) você não é obrigado a aceitar, pois se aceitasse ficaria você também em um estado lamentável.
Você tem todo o direito do Universo de dizer NÃO ao que julga ruim para você e SIM ao que julga bom, e por isso mesmo não devemos aceitar "presentes ruins", mas sim dar "presentes bons" a todos, incluindo aqueles que estejam mal e que lhe dão "presentes ruins", pois são os que mais precisam.
Agora pensemos outra coisa também, imagine que essa pessoa que lhe irritou fez isso sem intenção, foi sem querer, algo bobo como uma "bola fora" numa conversa, ou tocar num assunto que pra você é inconveniente mas que para ela não tem importância alguma, vale a pena mesmo ficar irritado com isso?
O que é então melhor para você, ser limitado e irritadiço, ou ter seu limite tão grande que nada ( ou quase nada ) te irrita? Ou mais ainda, não ter limites, ser ilimitado em seu Amor e Compreensão?

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