quinta-feira, 17 de março de 2011

Amor Real


Estamos agora mesmo
Passando pelo nosso futuro
Vivemos no Amor ou temos medo?
Que ninguém fique em cima do muro!

Pois se Amor não sentimos em nosso próprio Ser
Só ilusão poderá ser qualquer aparência
E apenas em vão tentaremos preencher
A carente lacuna de nossa existência

Quando Amor de Verdade não vivemos
A gente tende a se lamentar
A gente apenas sobrevive
Uma vida que ninguém pode aguentar

Pois quando a gente sofre
Sem saber o por quê
É porque não olhamos de verdade pra dentro
Não podendo mesmo nos ver

E pra deixar a tristeza ir embora
Temos é que transcender
A prisão de nosso velho ego
Que até hoje não nos deixou viver

Pois ter Amor na Vida
É tão simples que nos esquecemos
É Amar a Deus sobre todas as coisas
E Amar a todos como a nós mesmos

quarta-feira, 16 de março de 2011

Não se envolver com o drama do mundo - Sutra Maha Devi



 Na época atual falta a paz. Muitos começam a se perturbar, a apresentar um estado de agitação intensa, o que tende a se acentuar cada vez mais. Essa agitação atinge, por enquanto, a pessoas ou grupos, mas futuramente cidades inteiras poderão apresentar esses sintomas. Aquele que busca seriamente a auto-conscientização deve cuidar-se para não ser envolvido por esse clima. Se ocorrer qualquer tipo de envolvimento, é preciso ter firmeza nos Mestres, auto-observar-se, meditar e devocionar, ler livros espirituais que estimulem a auto-pesquisa.


 A época atual é de insegurança, e as pessoas buscam sua segurança nas posses materiais. É época de medo. Observando-se bem, percebe-se o desequilíbrio em massa. Os consultórios dos psiquiatras vão estar cheios e toda ajuda que puderem dar será muito útil. É preciso sempre aproveitar a presença do guru que, constantemente, indica a existência do caminho para a emancipação espiritual. Aqueles que praticam seus ensinamentos conscientizam-se da Verdade Suprema.


 Pode-se observar o mundo como se tudo estivesse sendo projetado numa tela imensa e perceber o que se passa no universo. O turbilhão de dor e prazer, a glória, a miséria, a cobiça, a inveja, a ambição, a fome, a vaidade, a melancolia, a riqueza, o amor e o ódio, tudo isso arrastando os homens até destruí-los como um farrapo; e os homens buscando,desesperados, o que eles chamam de felicidade e que lhes foge constantemente, pois não passa de mais uma ilusão do ego. A verdadeira felicidade é constante, não são “momentos felizes” ou “momentos de prazer”, como se costuma dizer. Ela será conseguida quando o homem for consciente de si mesmo, isto é, do divino que ele é em essência. Cada um deve observar o mundo e discernir, vendo-se separado desse turbilhão. Deve procurar sair dessa tela, onde está refletido o mundo todo, e perceber que ele não é aquele corpo que está ali, naquela luta toda, em busca de coisas ilusórias.


 As pessoas devem estar sempre em harmonia com o mundo que as cerca, porém jamais deixando de ser o que realmente são. Nisso têm que ser firmes, não se envolvendo com nada nem permitindo interferências do que ou de quem quer que seja. O mundo que se percebe é apenas uma ilusão temporária. Ele pode ser usado como instrumento para conscientizar-se do Ser Supremo. Ninguém se deve deter em coisas da mente, do ego, do mundo profano porque, comparadas aos ensinamentos puros e de salvação de todos os Mestres, nada significam. Perde-se muito com isso. Não vale a pena. Se valesse, o mundo estaria bem, pois as coisas mundanas são as mais desejadas e alcançadas.


 Sempre que o mundo está em decadência vêm os Mestres para ajudar o homem a sair desse caos. Quando se fala em mundo, em decadência, refere-se ao mundo do homem, ao mundo interno, pois o mundo externo desarmonizado não é outra coisa que o mundo interno de cada um, exteriorizado, e assim criam-se grandes problemas. O homem acha que o mundo está mal, mas o que está mal é o mundo particular de cada um. Se cada pessoa melhorar seu próprio mundo, o planeta todo se beneficia com isso. O problema não é da Terra. Ela é bondosa, dá boa semente, boas plantas, bons frutos. Muitos acham que é o planeta que está mal quando, na realidade, são os homens que estão mal por seus apegos aos prazeres do ego, da mente, dos sentidos, prazeres como um todo. Quando se fala em prazeres não há referência somente a prazeres sensuais. Há pessoas que sentem prazer em colecionar coisas. Isso é um apego. Outros passam o dia clamando pelo divino. Isso também é um apego. Apego ao divino é igualmente perigoso. Nenhum apego é bom. É necessário apenas ir ao lado direito do peito onde se reflete aquilo que todos são em essência e identificar-se, elaborar-se para que haja a conscientização do divino.


 O mundo vive as suas coisas, e que cada um que se interessar viva os ensinamentos dos Grandes Mestres. Deve-se deixar que o mundo se “divirta” e se perca pelos prazeres. Isso não pode ser motivo de preocupação para aquele que busca a emancipação espiritual. O mundo trata de si mesmo. Que cada um melhore o seu próprio mundo, pois só assim poderá ser ajudado. Mesmo vivendo numa época materialista, há muitas pessoas que procuram a identificação com o Ser Absoluto, dispostas a abandonar definitivamente todos os apegos em busca da conscientização da Verdade Suprema.


 Para que a pessoa tenha seu mundo interno elaborado, melhorado, deve livrar-se dos apegos às coisas passageiras e tornar-se firme, isto é, neutralizar-se ante o impulso de agir sob o domínio do ego profano. Quando se eliminam as tendências negativas, brilha com todo esplendor o conhecimento supremo. É preciso ter firmeza total naquilo que se faz. Deve-se perceber a unidade de tudo, estar livre do sentimento de dualidade, perceber o Ser Supremo refletido em todas as partículas da manifestação e, através das técnicas espirituais ensinadas pelo Mestre, conscientizar-se de sua unidade com o Ser Supremo.


(Retirado do site http://www.grandeuniao.com.br/livropdf/emanc.pdf)

segunda-feira, 14 de março de 2011

Música Divina - O Som do Silêncio


A Música é a expressão
Além das palavras;

A Música é a paixão
Que diz a cor da jornada;

A Música não tem tradução
Para quem com o coração, não quer entender;

A Música traduz a sutil situação
Em que se encontra o nosso viver.

sábado, 12 de março de 2011

A Armadilha das Noções - Thich Nhat Hanh


O Buda contou uma parábola interessante em relação às idéias e noções. Um jovem comerciante ao voltar pra casa viu que ela foi atacada e incendiada por bandidos. No que seria o lado de fora da casa destruída, havia um pequeno corpo carbonizado. Ele pensou logo que aquele corpo pertencia a seu filho. Ele não sabia que, na verdade, seu filho estava vivo e nem que, após incendiarem a casa os bandidos levaram-no junto com eles. Naquele estado de confusão o jovem comerciante acreditou que o corpo que ele estava vendo era o de seu filho. Então, ele chorou, bateu no peito e arrancou os cabelos lamentando sua perda – e assim preparou a cerimônia de cremação.


Esse homem amava muito esse filho, era a sua razão de viver. Tanto que, mesmo depois da cremação, ele não conseguia abandonar as suas cinzas nem só por um momento. Mandou fazer uma bolsa de veludo, pôs as cinzas dentro e a carregava dia e noite. Mesmo trabalhando ele não se separava delas. Mas eis que, uma noite, seu filho conseguiu fugir dos bandidos e voltou para casa reconstruída. Às duas horas da manhã ele bateu na porta muito feliz por estar de volta. O pai acordou e ainda segurando a bolsa com as cinzas perguntou: “Quem está aí?”.

“Sou eu. Seu filho!” Disse o garoto atrás da porta.

“Você, seu teimoso, não é meu filho. Ele morreu três meses atrás. Eu carrego as suas cinzas aqui comigo”.

O garotinho continuou ainda por um tempo a gritar e a bater na porta, mas seu pai continuou se recusando a deixá-lo entrar. O homem estava firmemente agarrado à idéia de que seu filho já estava morto e que esse outro menino era uma pessoa sem coração que veio somente para atormentá-lo. Finalmente, o menino desistiu e foi embora e o pai perdeu o filho para sempre.

O Buda costumava dizer que se você se deixar apanhar por uma idéia e passa a considerá-la como “a verdade”, você perderá a chance de conhecer a verdade. Mesmo se a própria verdade em pessoa vier e bater à sua porta, você se recusará a abrir a sua mente. Portanto, se você estiver comprometido com uma idéia acerca da verdade ou acerca das condiçõs necessárias para a sua felicidade, tome cuidado. O Primeiro Treinamento da Plena Consciência é justamente sobre sermos livres dos pontos de vista:

“Cientes do sofrimento causado pelo fanatismo e pela intolerância, nós estamos determinados a não sermos idólatras e a não nos apegarmos a nenhuma doutrina, teoria ou ideologia, mesmo que seja de origem budista. Os ensinamentos do budismo são um guia para nos ajudar a olhar profundamente a realidade e para desenvolver nossa compreensão e nossa solidariedade, e não uma doutrina em nome da qual devamos combater, matar ou morrer”.

Esta é uma prática que ajuda a nos libertar da tendência a sermos dogmáticos. Nosso mundo sofre já bastante por causa das atitudes dogmáticas. O primeiro treinamento da plena da consciência é importante por que nos ajuda a permanecermos pessoas livres. Liberdade é, acima de tudo, libertação de nossas próprias noções e conceitos. Ao permanecermos enredados em nossas noções e conceitos, faremos sofrer a nós mesmos e mesmo àqueles a quem amamos.

terça-feira, 1 de março de 2011

O Semeador ~ Jesus, O Cristo





Não vos preocupeis com o dia de amanhã. Só o eterno presente existe.


Pedi e dar-se-vos-á. Buscai e achareis. Batei e abrir-se-vos-á. Porque todo aquele que pede recebe, e o que busca encontra. A quem bate, a porta se abre.
Qual de vós, se vosso filho vos pedir um pão, lhe dará uma pedra; se o vosso filho vos pedir um peixe, lhe dará uma serpente? Se sabeis dar coisas boas a vossos filhos, tanto mais o Pai Eterno que é justo e perfeito, saberá dar o que é bom a cada um de seus filhos que lhe pedir.



Não esqueçais, porém, que onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. Ajuntai somente riquezas que o fogo não queime e que a ferrugem não destrua. Não acumuleis tesouros na terra, mas sim no espírito, pois são os tesouros do espírito imateriais, eternos e imperecíveis. Guardai-vos de fazer as boas ações com o fim de serdes vistos.



Quando, pois, derdes esmolas, não o façais tocar a trombeta diante de vós como fazem os hipócritas nas ruas para serem vistos e louvados pelos homens. Quando derdes esmola, não saiba vossa mão esquerda o que faz a vossa mão direita, para que vossa esmola fique em segredo e a Divina Consciência, que tudo vê e sente, vos será eternamente grata.



Quando devocionardes, entrai na vossa morada, fechai a porta e as janelas e então, em silêncio, entrai em união com o Cristo universal. E se por acaso não fordes capaz de fazer silêncio, pelo menos orai e vigiai.
Não useis nas vossas orações muitas palavras como os gentios, os quais julgam que serão ouvidos à força de tanto falarem.



Não os imiteis porque o Divino Ser sabe o que necessitais, antes mesmo de lhe pedirdes.