terça-feira, 28 de dezembro de 2010

MULHERES – SAGRADAS E AMADAS (Centelhas Vivas da Mãe Divina) Por Wagner Borges





Todas as mulheres são sagradas.
Porque elas são nossas irmãs!
Devem-lhe respeito o parceiro, o pai, o filho, o irmão, e todos os homens.
Porque a Mãe Divina está dentro delas.
Elas são Suas joias preciosas e veículos da Vida,
Podemos desejá-las, pois isso faz parte do jogo vital da Natureza.
Mas não podemos aviltá-las, de forma alguma.
Porque elas são nossas irmãs!
E, mesmo quando elas se esquecem de sua essência espiritual e cometem erros, ainda assim são centelhas vivas da Grande Fonte Imanente.
Podemos olhá-las e amá-las, mas conscientes de que estamos nos fundindo à Mãe Divina, por intermédio delas.
Ah, parceira, mãe, filha, prima, tia, avó, amiga... São todas elas nossas irmãs!
E todas elas são muito amadas pela Mãe Divina.
E não importa o jeito que têm ou o que fazem, pois são sempre pedacinhos vivos de um Grande Amor, que permeia a tudo.
Às vezes, elas falham (assim como nós mesmos), mas a Mãe Divina as abraça, incondicionalmente.
E elas também choram por seus parceiros, filhos, pais, irmãos e amigos...
E a Mãe Divina, em silêncio, transforma suas lágrimas em pétalas de luz.
Sim, elas são nossas irmãs!
E a luz da Grande Mãe brilha nos olhos delas.
Então, vamos respeitá-las e honrá-las!
E, assim, transformaremos a nossa arrogância e machismo em novas expressões de equilíbrio e alegria na jornada afetiva com elas.
E, juntos, honraremos a Mãe Divina.
Para a parceira, a nossa admiração e amor.
Para a mãe, a nossa gratidão.
Para a filha, o apoio incondicional.
Para as amigas, o compartilhamento da lealdade no convívio.
Para todas elas, nossas irmãs, um grande beijo no coração.


P.S.:
Ah, Mãe Divina, nós lhe agradecemos, por tudo.
E pedimos a Sua inspiração para transformarmos a nossa prepotência masculina em compreensão e luz.
Porque masculinidade não se prova por meio da violência e da opressão.
E caráter firme não é teimosia nem truculência.
Caráter é integridade! E o que integra o Ser é o Amor.
Chega de arrogância e violência contra as mulheres.
Porque elas são nossas irmãs!
Vamos deixar para trás aquela mentalidade antiga e dolorida.
E vamos escutar os nossos corações cantando uma nova jornada criativa nas relações com as mulheres de todas as condições e lugares.
Porque elas são nossas irmãs!


(Dedicado a Maria Rita Borges, minha mãe, e a Helena e Maria Luz, minhas filhas – e a minha amiga Irene Carmo Pimenta, mulher consciente e valorosa.)


- Wagner Borges – aprendendo a ser homem de verdade, com caráter e integridade.
São Paulo, 03 de dezembro de 2010.




Para saber mais sobre o IPPB e o trabalho do Professor Wagner Borges, acesse:
www.ippb.org.br

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Maledicência - Não fales mal de ninguém. Por Huberto Rohden



Toda pessoa não suficientemente realizada em si mesma tem a instintiva tendência de falar mal dos outros.
Qual a razão última dessa mania de maledicência?
É um complexo de inferioridade unido a um desejo de superioridade.
Diminuir o valor dos outros dá-nos a grata ilusão de aumentar o nosso valor próprio.
A imensa maioria dos homens não está em condições de medir o seu valor por si mesma. Necessita medir o seu próprio valor pelo desvalor dos outros.
Esses homens julgam necessário apagar as luzes alheias a fim de fazerem brilhar mais intensamente a sua própria luz.
São como vaga-lumes que não podem luzir senão por entre as trevas da noite, porque a luz das suas lanternas fosfóreas é muito fraca.
Quem tem bastante luz própria não necessita apagar ou diminuir as luzes dos outros para poder brilhar.
Quem tem valor real em si mesmo não necessita medir o seu valor pelo desvalor dos outros.
Quem tem vigorosa saúde espiritual não necessita chamar de doentes os outros para gozar a consciência da saúde própria.
As nossas reuniões sociais, os nossos bate-papos são, em geral, academias de maledicência.
Falar mal das misérias alheias é um prazer tão sutil e sedutor – algoparecido com whisky, gin ou cocaína – que uma pessoa de saúde moral precária facilmente sucumbe a essa epidemia.
A palavra é instrumento valioso para o intercâmbio entre os homens. Ela, porém, nem sempre tem sido utilizada devidamente.
Poucos são os homens que se valem desse precioso recurso para construir esperanças, balsamizar dores e traçar rotas seguras.
Fala-se muito por falar, para "matar tempo". A palavra, não poucas vezes, converte-se em estilete da impiedade, em lâmina da maledicência e em bisturi da revolta.
Semelhantes a gotas de luz, as boas palavras dirigem conflitos e resolvem dificuldades.
Falando, espíritos missionários reformularam os alicerces do pensamento humano.
Falando, não há muito, Hitler hipnotizou multidões, enceguecidas, que se atiraram sobre outras nações, transformando-as em ruínas.
Guerras e planos de paz sofrem a poderosa influência da palavra.
Há quem pronuncie palavras doces, com lábios encharcados pelo fel.
Há aqueles que falam meigamente, cheios de ira e ódio. São enfermos em demorado processo de reajuste.
Portanto, cabe às pessoas lúcidas e de bom senso, não dar ensejo para que o veneno da maledicência se alastre, infelicitando e destruindo vidas.
Pense nisso!
Desculpemos a fragilidade alheia, lembrando-nos das nossas próprias fraquezas.
Evitemos a censura.
A maledicência começa na palavra do reproche inoportuno.
Se desejamos educar, reparar erros, não os abordemos estando o responsável ausente.
Toda a palavra torpe, como qualquer censura contumaz, faz-se hábito negativo que culmina por envilecer o caráter de quem com isso se compraz.
Enriqueçamos o coração de amor e banhemos a mente com as luzes da misericórdia divina.
Porque, de acordo com o Evangelho de Lucas, "a boca fala do que está cheio o coração".


(Texto extraído do livro "A Essência da Amizade" – Huberto Rohden – Editora Martin Claret).

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Limites



Todos nós quando ficamos exageradamente nervosos com alguém ou alguma situação, normalmente nos justificamos dizendo:  "Mas tudo tem limite!" ou ainda "Passou dos meus limites!".
Agora vamos imaginar que uma pessoa sofre o mesmo tipo de "inconveniente" que outra, mas lidou com aquela situação de maneira mais tranquila, sem ficar nervosa, sem se alterar, sem "perder a linha".
Obviamente que o tal "limite" desta última pessoa é mais alargado, maior, e assim sendo, ela consegue lidar com a mesma situação de uma maneira mais equilibrada, sem "perder as estribeiras", o que por sinal acaba prejudicando mais a quem ficou nervoso do que ao alvo das irritações, por mais "justas" que lhe pareçam ser.
Ora, observando desta maneira, qual atitude seria mais correta? A daquela pessoa que é mais fácil de se irritar, que tem o seu "limite" curto, frágil, que logo perde o equilíbrio?
Ou seria mais correta a atitude daquela pessoa que que tem o seu "limite" mais largo, amplo, resistente, que mantém o seu equilíbrio a despeito dos acontecimentos?
Quem está mais limitado aqui?
Pensando desta maneira fica fácil a resposta.
Portando, ao compreender que a pessoa que o irritou está ela mesma na pior, com sentimentos pesados, energias densas, pensamentos obscuros ( pois se estivessem claros não estaria ela nesta situação de "agente irritador" ), você pode mudar o rumo dos acontecimentos sendo você mesmo um "agente pacificador", não aceitando o "presente do nervosismo" dado a você por essa pessoa em estado nervoso.
Se alguém lhe dá um "presente bom" ( um sentimento legal, um pensamento bacana, uma atitude sadia ) você aceita de bom grado e logicamente fica feliz em receber um presente desse tipo. Agora se alguém lhe dá um "presente ruim" ( sentimentos pesados, pensamentos obscuros e limitantes, atitudes agressivas ) você não é obrigado a aceitar, pois se aceitasse ficaria você também em um estado lamentável.
Você tem todo o direito do Universo de dizer NÃO ao que julga ruim para você e SIM ao que julga bom, e por isso mesmo não devemos aceitar "presentes ruins", mas sim dar "presentes bons" a todos, incluindo aqueles que estejam mal e que lhe dão "presentes ruins", pois são os que mais precisam.
Agora pensemos outra coisa também, imagine que essa pessoa que lhe irritou fez isso sem intenção, foi sem querer, algo bobo como uma "bola fora" numa conversa, ou tocar num assunto que pra você é inconveniente mas que para ela não tem importância alguma, vale a pena mesmo ficar irritado com isso?
O que é então melhor para você, ser limitado e irritadiço, ou ter seu limite tão grande que nada ( ou quase nada ) te irrita? Ou mais ainda, não ter limites, ser ilimitado em seu Amor e Compreensão?

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O Inconcebível





Para a mente inferior ( o intelecto exclusivamente ), Brahman¹ é O Inconcebível, algo de natureza tão superior que a nosso intelecto limitado ( por isso, inferior ) não pode compreender e julga uma concepção errônea acerca da Realidade Superior da Existência.
Ao passo que para a Mente Superior ( o intelecto iluminado por pensamentos e sentimentos elevados ), Brahman¹ é a Única Realidade Concebível, e no plano absoluto somente esta Realidade Eterna faz sentido.


¹ Brahman ( do Sânscrito ) : O Todo que está em tudo, O Absoluto, Deus, O Imutável, O Eterno, A Perfeição, O Grande Arquiteto Do Universo, O Pai-Celestial e A Mãe-Divina.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

DIZERES DE UM GRANDE SÁBIO



Sáb, 08 de Maio de 2010 09:44
Escrito por Enki
( Retirado do Site Yogashala - link: http://www.yogashala.org.br/textos-espiritualistas/41-dizeres-de-um-grande-sabio.html )


Olá, amigos e amigas!


No artigo de hoje vou apresentar a vocês a palavra de um grande sábio da humanidade.


Citarei partes do texto Dhammapada ou, em português, “A Senda da Virtude”.


Nele diz Gautama, o Buda:


“Outrora, esta mente vagueava com os sentidos regalados, onde quer que lhe tivesse agradado, como tivesse desejado e quando lhe tivesse aprazido.
Agora eu vou judiciosamente contê-la.
Sede fervorosos na diligência; velai por vosso coração; Desprendei a vós mesmos dos maus caminhos, da mesma forma que o forte elefante luta pra se livrar do atoleiro.
Se vós achardes um companheiro prudente e valoroso de se andar com ele, que seja possuidor de boa conduta e inteligente, sobrepuje todos os perigos e andais com ele alegre e refletivo.
Se vós não achardes um companheiro prudente e valoroso de se andar com ele, aja como um rei que renuncia a seu reino ou como um elefante na floresta dos elefantes: Andai a sós!
É melhor viver só; não há companheirismo com um tolo.
Que alguém ande só, e não faça mal, e fique despreocupado como o elefante na floresta dos elefantes.”


Nesse pequeno trecho, Buda nos mostra que a busca pelo autoconhecimento que nos liberta do sofrimento é uma escolha que cada um pode (e deve) ter.


Ele mesmo nos diz que num passado vivia de forma despretensiosa, isto é, sem lucidez, seguindo apenas os desejos que brotavam em seu ser através do contato dos seus sentidos corporais com o mundo.


São esses desejos que geram as agitações da mente.


Mas Buda não falou de forma radical, ou seja, no sentido de que não podemos desejar nada. Muito pelo contrário. Ele nos falou para sermos judiciosos, usarmos nosso discernimento.


Sabemos o quanto é difícil manter nossos desejos sob controle. É o doce que comemos por gula, e a camisa que compramos por impulso, e a briga com o namorado ou namorada por impulso. Enfim, cada desejo que temos tem por trás uma variação emocional que o motivou.


Assim, Buda ainda deixa outra dica para que gradualmente possamos nos purificar: a boa companhia.


Mas o que seria essa boa companhia?
Geralmente associamos essa companhia a andar com uma pessoa ou grupo de pessoas. Mas o sentido é mais profundo.


Também “andamos” com a leitura, com a música, com a TV, com o cinema…


Mas como saber o que é bom ou ruim, visto que isso é subjetivo nos dias de hoje?


Simples: busque o que é prudente, o que agrega valor, que lhe inspira e lhe traz um senso de bem-estar, e que não causa danos aos outros, porque nossa felicidade e bem-estar não devem ser à custa da infelicidade ou mal-estar de outros, não é mesmo?


Uma boa música, uma boa leitura, um filme, enfim, algo que lhe inspire e que lhe abra novas possibilidades de expressar seu carinho de forma mais ordenada e lúcida. Por exemplo, um amigo ou amiga que lhe cause admiração e inspiração virtuosa. Tem melhor companhia do que essa?


E o alicerce dessa experiência é a Verdade. Não a verdade relativa dos homens, mas a verdade pura e essencial.


Não mentir não é “dizer a verdade”. Ser sincero e confiável, sim.


Ser sincero e confiável não para os outros, mas principalmente para si mesmo.


E para isso ocorrer, é imprescindível a presença do carinho, do bem-querer, do Amor.


Não faça do Amor algo mágico, de outro mundo.


Faça dele algo natural, presente no seu dia-a-dia.


O amor não é um dom. É a nossa natureza.
É só se permitir a presença dele que ele se manifestará.


É deixar fluir.
Acaso há alguma coisa que lhe impeça de, nesse exato momento, olhar para o lado e dizer “Eu o amo”, com sinceridade e profundidade?


Só você é o impedimento.
A reação do outro perante o amor cabe ao outro e não a você.


Nós humanos devemos praticar um pouco esse outro pensamento: “Em vez de julgar, ame!”


Muita paz e muita luz.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

SAVITRI (A Certeza de Um Dia Espiritual)



- Versos do poema SAVITRI, de autoria de Sri Aurobindo -

O Absoluto, o Perfeito, o Só,
Evocou sua Força muda do Silêncio,
Onde ela repousa na quietude sem forma e sem feições,
Resguardando do Tempo, por seu sono imóvel,
A potência inefável de Sua solidão.

O Absoluto, o Perfeito, o Só,
Entrou com seu silêncio no espaço:
Ele modelou estas incontáveis pessoas de um único Si;
Ele que viveu sozinho em seu vasto, vive em todos;
O Espaço é Ele mesmo e o tempo é só Ele.

O Absoluto, o Perfeito, o Imune,
Aquele que está em nós como nosso Si secreto,
Assumiu nossa máscara de imperfeição;
Ele tornou Dele esta morada de carne,
Sua imagem moldou na medida humana
Para que à Sua Medida Divina pudéssemos subir;

Aí, uma figura de Ser Divino,
O Criador irá remoldar-nos e impor
Um plano de Divindade ao molde do mortal,
Erguendo nossas mentes finitas à Sua infinita,
Tocando o momento com eternidade.

Esta transfiguração é o tributo da Terra para com o Céu.
Uma dívida mútua prende o homem ao Supremo:
Temos de assumir Sua natureza, assim como ele assumiu a nossa;
Somos filhos de Deus e devemos mesmo ser como Ele:
Sua porção humana, temos de fazer-nos divinos.
Nossa vida é um paradoxo tendo Deus como chave.
A beatitude de uma miríade de miríades que são só UM*.

(Compilador dos versos: Rolf Gelewski, da Casa Sri Aurobindo no Brasil).

Nota de Wagner Borges:

Savitri (do sânscrito): Raio solar ou feixe destes raios; célebre hino
de Visvamitra em homenagem ao sol. Sobrenome de Uma ou Parvati, a Mãe
Divina, esposa de Shiva; nome próprio da mulher de Satyavan no épico “O
Mahabaratha”; e também nome de um épico escrito pelo sábio Sri
Aurobindo.Sry Aurobindo (Aurobindo Ghose - Índia, 1872-1950) foi um dos maiores mestres da Índia. O seu trabalho tornou-se conhecido como “O Yoga Integral”, porque, como ele dizia, “Toda vida é Yoga”. Para mais detalhes sobre os seus escritos inspirados, ver o excelente livro “Sabedoria de Sry Aurobindo” – Editora Shakti, e o site da Casa Aurobindo no Brasil: http://br.geocities.com/casa_sri_aurobindo/

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Wagner Borges - Idades IV*



A idade de cada um não está evidenciada no rosto, mas no brilho do olhar.
Porque, aquilo que está no coração, é o que a pessoa é.
Os seus sentimentos e aspirações podem tornar o seu peito num verdadeiro sol.
Ou, num poço de trevas. Tudo depende do que a pessoa aspira, e respira.
E quem aspira ao Amor, também respira o melhor da Luz.
É por isso que, na antiga Índia, os mestres hindus ensinavam que, quem ama, respira o Eterno. Ou seja, respira Deus!
E isso se reflete no olhar da pessoa, e o seu rosto fica resplandecente.
E, independente da idade física, sua expressão facial se torna jovial.
Apesar das rugas, há Luz e Vida emanando do rosto.
Então, fica sempre uma pergunta no ar: qual é a idade real de alguém?
A do seu corpo? Ou aquela que a Luz do coração projeta em seu rosto?
Aliás, o Amor tem idade? E a vontade de viver, aprender e se expressar, também tem tempo de validade?
E, agora, eu pergunto diretamente a você, ouvinte do programa:
“Os seus pensamentos tem vivacidade e frescor? Ou são bolorentos e desgastados?
Você respira e agradece o dom da Vida? Você está aí reclamando do frio?
Ou apreciando a beleza de mais um dia na serra gaúcha?
Você está velho mesmo? Ou é só a sua autoestima que está baixa?”
Então, por favor, renove sua mente e seu coração.
Aprenda algo novo. Motive-se!
Vá aprender a pintar. Ou a nadar.
Leia uma linda poesia e escute música.
E trate de sentir-se jovial e consciente.
Porque, se o seu corpo tem uma idade, saiba que sua alma é sempre fresca, pois o que você pensa e sente não tem idade.
Ah, é o Amor que brota do seu coração que diz qual é a sua condição consciencial.
E hoje é mais um dia para você perceber isso, e respirar o Eterno.
E, assim, respirar Deus, para aspirar a Luz... E ser feliz.
E isso não tem tempo algum! É consciência.

P.S.:
Esses escritos foram feitos dentro dos estúdios da Rádio Caxias, na serra gaúcha, onde, mais uma vez, eu estava sendo entrevistado no programa “Persona Singular”, apresentado pela Lizete Oselame. Num dos intervalos, enquanto rolava o bloco das notícias, eu escrevia essas linhas ali mesmo, de impulso. E, depois, a apresentadora gentilmente permitiu que eu lesse o texto para os ouvintes. Posteriormente, já em São Paulo, eu também li o mesmo no meu programa “Viagem Espiritual”**. E, agora, estou disponibilizando-o em aberto para todos.

Paz e Luz.

- Wagner Borges –
Caxias do Sul, 05 de agosto de 2010.

- Notas:
* As três partes anteriores desse texto podem ser acessadas no site do IPPB – www.ippb.org.br -, nos seguintes endereços específicos:
Parte I - http://www.ippb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=189&catid=31:periodicos&Itemid=57
Parte II - http://www.ippb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=7384&catid=31:periodicos&Itemid=57
Parte III - http://www.ippb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=10091:idades-iii&catid=138:ultimos-textos-postados&Itemid=271
** O programa “Viagem Espiritual” está no ar desde 1999 e é apresentado aos domingos, de 12h30min às 13h, na Rádio Mundial de São Paulo – 95.7 FM.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Dia-a-Dia no Desenvolvimento Consciencial

É no dia-a-dia das relações humanas que aprendemos como evoluir!
É lidando com seus próprios defeitos e com os dos outros que tiramos nossa mais valiosa lição:
Como melhorar a nós mesmos!
Cada vez mais lúcido e amoroso se torna o Ser Humano, quando progride no Caminho e compreende que sua Paz na realidade não pode depender de nada externo.
É muito fácil manter o foco na atitude correta quando o exterior ajuda, mas o trabalho real concerne a nós mesmos, sempre interiormente.
E é na dificuldade que colocamos à prova o quanto de fato evoluímos no Auto-Domínio e no descobrimento da Paz Interior.
Quanto mais conhecermos a nós mesmos, mais conheceremos a Verdadeira Paz e o Amor Real, que em Espírito e Verdade, é nossa Luz Essencial.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Iniciação Total


 
- Por Huberto Rohden -
 
Enquanto algo é meu,
Não pode triunfar o EU.
Meus são bens de fortuna,
Meus são amores de homem ou mulher,
Meus são filhos, parentes, amigos,
Meu é o prestígio social de que gozo,
Meus são o corpo e o intelecto.
 
Nada disto, porém, sou Eu.
Eu sou o sujeito central,
Meus são os objetos periféricos.
E esses objetos são velhos companheiros meus,
Crudelíssimos tiranos,
Desde o meu nascimento,
Poucos decênios atrás.
 
Esses objetos são velhos companheiros,
Onipotentes ditadores,
Do gênero humano,
Há muitos séculos e milênios.
 
Haverá esperança de que eu possa
Realizar a minha libertação?
Que eu possa viver, aqui na terra,
Sem esses objetos escravizantes?
Sem esses queridos "meus"?
Sem esses idolatrados fetiches?...
 
Não! Ninguém pode desfazer-se desses ídolos
E continuar a viver.
Já compreendi que iniciação
Não é algo que eu possa adicionar
À minha vida horizontal,
Como um belo enfeite,
Como um colar de pérolas.
 
Compreendi que iniciação,
É a morte total desta vida,
E algo inédito e inaudito,
Até agora vivida...
 
Iniciação não é continuação
De algo preexistente.
Não!
 
É o fim de tudo que foi e é.
E o início de tudo que deve ser...
Iniciação é algo virgem,
Um novo "fiat lux" creador.
Não é remendo novo em roupa velha,
Não é vinho recente em odres gastos.
Não!
 
Iniciação é morte total
Do "homem velho",
E ressurreição integral
Do "homem novo".
Nem um átomo da bagagem do ego
Passa para além da fronteira.
Porque o ego só conhece o que é "dele",
E ignora o que é "ele".
 
O meu verdadeiro
Eu nada sabe
Desse mundo dos meus,
Desses pequenos e grandes nadas
Que parecem ser algo.
Iniciação é verdade suprema,
Incompatível com a menor das ilusões.
 
Ergue-te, pois, sobre asas levíssimas,
Meu grande Eu divino,
Meu átomo crístico!
E lá das excelsas alturas
Dominarás todos os "meus",
Sem seres por eles dominado...

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Quanto a dúvida


Manter o equilíbrio, é a chave.
Sentir a paz, é o caminho.
Viver o amor, é o aprendizado.
Ser a luz é tua natureza.
A gratidão, é a tua morada.
A humildade é tua essência.
E a felicidade, a eterna jornada.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A Luz


A Verdadeira Sintonia com O Altíssimo só é alcançada através de uma sincera humildade e reconhecimento de nossa real identidade como manifestações do Amor em contínuo aperfeiçoamento.
Ao relaxar no centro de si-mesmo, sentimos este tão proclamado Amor Divino, ao mesmo tempo em que nos sentimos humildes perante a Maravilha das maravilhas e eternamente gratos pela Graça concedida de vislumbrar a Perfeição Maior, permeando a existência.
Na mais pura reverência pelo Supremo Estado de Ser, pode-se relaxar e compreender cada vez mais que o objetivo maior e mais importante de nossas vidas é viver com amor.
E tranquilamente segue a vida quando estamos em sintonia com os mais altos desígnios, percebendo que não há necessidade em lutar contra nós mesmos e desperdiçar atenção e energia em pensamentos, sentimentos e atitudes que não são edificantes.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Espiritualidade e Dinheiro



Neste discurso proferido na forma de um artigo, Sri Prem Baba atende a um pedido de uma revista suíça de falar sobre espiritualidade e dinheiro para o público europeu.

Todo e qualquer ser humano guarda em seu coração um anseio: ser feliz. Uns acreditam que esta felicidade chegará através da realização de seus desejos, como a aquisição de bens materiais ou a eliminação de determinadas preocupações. Investem toda a sua energia e tempo na realização destes objetivos, muitas vezes sujeitando-se a todo tipo de sacrifícios. Movem-se, porém, motivados pela crença de que esta tão almejada felicidade acontecerá, caso o objeto de seu desejo seja alcançado. Porém observa-se que ao realizar tal intento a pessoa vive apenas um prazer temporário, uma felicidade que dura, em alguns casos, apenas poucos minutos. Após este curto espaço de satisfação a pessoa volta para seu “buraco sem fundo” de insatisfações e passa a criar outro desejo. E assim sucessivamente. Esta pessoa, que podemos chamar de espiritualmente imatura, acredita que a felicidade interior virá apenas quando o mundo exterior estiver de acordo com suas expectativas. Porém, uma pessoa espiritualmente madura sabe que a verdade é exatamente o contrário. A Felicidade não é uma estação de chegada e sim um meio de transporte.

O seu mundo externo é um reflexo de seu mundo interno. A felicidade não depende de circunstâncias exteriores e nem de pessoas. A felicidade é um fenômeno interno que independe totalmente de circunstâncias exteriores. Creditar a felicidade ao externo é um truque para que você possa culpar o destino, o karma, Deus e os demais culpados, pelo seu fracasso. A felicidade ou infelicidade depende única e exclusivamente de você. A felicidade deve ser criada primeiramente dentro de si mesmo e então naturalmente ela acontecerá na sua vida externa.

Em síntese poderíamos dizer que felicidade é Deus. E que Deus é a sua mais íntima realidade. É o seu Eu Real. Essa é a busca. E ela não está em lugar algum a não ser aqui mesmo. Também em síntese poderíamos dizer que espiritualidade é o conhecimento de si mesmo. Quem é você? O caminho da espiritualidade leva a você mesmo. É o caminho de volta ao lar. É como se você fosse uma gotinha de água que está por aí de terno e gravata, usando óculos escuros e dirigindo seu conversível, acreditando ser qualquer coisa, menos o oceano.

Esta é a realidade do ser humano, perdido num baile de máscaras, acreditando ser a máscara. A verdadeira felicidade só é possível removendo o véu de ilusões que você criou no decorrer de suas vidas. Podemos chamar este véu de ilusões de ignorância, que se expressa através das máscaras e de seu Eu inferior. Com uma multiplicidade de aspectos, também conhecidos como defeitos, que se expressam como gula, preguiça, inveja, ira, orgulho, luxúria, medo e mentira (para citar os mais conhecidos). Tais aspectos do Ego precisam ser acolhidos, elaborados e integrados para que você atinja a realidade de seu Eu Superior. Embora o Eu inferior seja uma realidade transitória, devido ao fato de tratar-se de uma distorção de seu Eu Real, precisa ser descoberto para então ser integrado.
Isto é espiritualidade. Realizar a travessia do mar sagrado e reassumir sua verdadeira identidade, relembrar de sua natureza divina. Mas e o que isto tem a ver com dinheiro?

Precisamos compreender que dinheiro, assim como tudo neste plano, é energia, energia neutra. Quem oferece polaridade para esta energia é o ser humano. Se o Eu superior faz uso desta força ela ganha uma polaridade positiva e poderá servir à grande obra, construindo e favorecendo a cultura de paz. Se o Eu inferior faz uso desta força, empresta-lhe uma polaridade negativa, que será utilizada para a destruição e para fomentar a cultura de guerra. O Eu inferior se apropria desta força na medida em que acredita que ela lhe oferece poder, obviamente “poder” para dominar o outro e saciar assim seu sentimento de carência e inferioridade.

Estando a consciência centrada no Eu superior, ou seja, estando a gotinha de água diluída no oceano, ou mesmo consciente de que é o oceano, este passa a ser sua fonte de energia. Porém, existindo a ilusão da separação, este “sentir-se à parte” interrompe a ligação e a fonte de alimentação de energia, o que inevitavelmente lhe faz carente desta energia e desejoso de tirá-la dos outros. A melhor estratégia criada pelo ego para atingir este objetivo é fazer o outro sentir-se menos que você, assim você suga a energia alheia “de canudinho”, como um vampiro.

O dinheiro, símbolo criado para representar a valia do instrumento de troca, pode perfeitamente representar afeto. É comum o pai que não dá amor oferecer dinheiro em troca de seu afeto, tanto na forma de moeda como bens materiais. “Eu não tenho tempo nem condições de lhe tocar, mas eu não deixo faltar nada.” Perceba que a personalidade da criança em formação acaba concluindo erroneamente que dinheiro é sinônimo de afeto, generalizando esta imagem para toda sua vida. Quando cresce, se torna um ser humano intelectualmente maduro, mas mantém esta “criança ferida” com suas conclusões errôneas, generalizando e projetando seu pai distante (abandonador) em outras pessoas de seus relacionamentos, bem como a crença de que dinheiro e afeto são a mesma coisa. É óbvio que isto ocorre numa instância inconsciente, e que quanto mais o intelecto se desenvolve para proteger a criança desta ferida de abandono, mais para o fundo do inconsciente vão estas marcas. Desta maneira, acabam agindo à revelia, por estar escondidas na sombra do esquecimento.

Este é o motivo subjacente por trás das guerras e da frieza que assola o mundo, inclusive na vida ocidental moderna. O dinheiro passa a ser o objetivo da busca, pois se acredita que ele resolverá todos os problemas – inconscientemente, o que se busca é amor. Alguns que, por determinação kármica, atingem este objetivo, podem até engrossar suas defesas, porque se acreditam poderosos e preenchidos pelo dinheiro obtido. No fundo sabem que é tudo mentira, pois sabem que são crianças carentes. Esta inversão cria todo tipo de confusão e sofrimento, inclusive em relação à maneira de atingir-se a meta. Se dinheiro é a meta, obviamente todos os esforços serão neste sentido, independente inclusive da natureza do trabalho executado ou do prazer neste trabalho.

A pessoa espiritualmente madura sabe que o dinheiro é uma conseqüência natural de suas ações, que são determinações de seu coração. O trabalho - labor tão cheio de pesar - transforma-se em serviço - o viço do ser - estar a serviço da divindade, do mestre, que em essência é o seu próprio coração. O serviço traz, como recompensas naturais, prazer e sentimento de realização. O dinheiro é parte desta recompensa, que dignifica e alimenta, porém não é o principal objetivo. Você não é escravo do dinheiro e pode se libertar do apego, o maior grilhão que prende a alma ao ciclo das reencarnações e é o gerador do sofrimento.

Esta re-inversão da energia só pode acorrer através do autoconhecimento, que em nosso curso de iniciação espiritual abordamos como a pré-escola, onde se trabalha com a criança interior.

O dinheiro pode estar associado a diversos símbolos e crenças. Por exemplo, atendi uma pessoa que se encontrava com muita dificuldade para ganhar dinheiro. Trabalhava muito, e estava tudo bem desde que não ganhasse muito dinheiro, porém, quando começava a ganhar entrava em crise que travava o processo de ganho. Investigando sua biografia, encontramos o dinheiro associado a um quadro infantil envolvendo dor, manipulação, controle e brigas. Essa pessoa acreditava (inconscientemente) que o dinheiro era o símbolo responsável pela desagregação familiar, daí sua negação e dificuldade em obtê-lo.

Outra crença bastante comum nos países cristãos é a da necessidade de sofrer bastante para poder ser merecedor do prazer. De alguma maneira, o que você quer é ser pregado na cruz e receber a coroa de espinhos na cabeça, etc., para ser aceito pelas pessoas à sua volta. Outra crença comum é a de que você precisa ser pobre mesmo porque “é mais fácil passar um camelo pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus.” Crenças como estas com toda a certeza estão limitando a possibilidade de você compreender verdadeiramente a função espiritual do dinheiro, como estão também impossibilitando você de compreender sua identidade espiritual.

Outro importante ponto a ser compreendido quando falamos em espiritualidade e dinheiro diz respeito às cobranças ou pagamentos para os trabalhos espirituais. Talvez seja mais fácil compreender a doação monetária para uma obra que é explicitamente de caridade, mas dificilmente se compreende a verdadeira necessidade de pagar valores para certos trabalhos de autoconhecimento. Chega a ser curiosa esta relação na qual, para a aquisição de bens materiais, você não poupa esforços e não há tanto julgamento. Pode-se até achar algo caro, mas a compra acontece. Basta ter o dinheiro. Porém, quando o trabalho é para si mesmo, desde uma psicoterapia até um grupo espiritual de crescimento, você hesita. Isto ocorre também por imaturidade espiritual. Há um desconhecimento da Lei do Pagamento e com certeza existe a identificação com crenças limitantes. Existe uma desconfiança, “se há cobrança, então não deve ser tão espiritual assim.” A verdade subjacente é que você usa esta desculpa para não olhar verdadeiramente para si próprio. É uma forma de não se responsabilizar pelo seu processo. Por trás desta aparente avareza está o medo de se descobrir.

A Ética por trás desta questão é que o dinheiro, em si, não é o foco. O foco é a realização da obra, a transmissão do conhecimento. O dinheiro é a energia que circula e que possibilita que a estrutura terrena se desenvolva e dê sustentação para a realização do que necessita ser realizado. É óbvio que existe gente de má fé e mesmo aqueles cheios de boas intenções cujo foco inconsciente ainda é ganhar dinheiro - afeto - e repetir o círculo vicioso do amor imaturo. Este discernimento vai chegando aos poucos, à medida em que você avança no seu processo de crescimento interior.

Por fim, diria que dinheiro não é anti-espiritual, o que é anti-espiritual é seu apego a ele e sua inconsciência a respeito de seu significado. Amadurecendo espiritualmente você descobrirá que dinheiro é tão somente material de escola, desta grande escola que é esta vida.

Pergunta: Você tem falado sobre uma mesma coisa de muitas maneiras. Outro dia você falava que espiritualidade nada tem haver com dinheiro. Como é isto?
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R: A graça Divina não é cobrada. Não pode ser cobrada. A graça Divina é como o Sol que ilumina a todos por igual. Isto não tem nada a haver com dinheiro. Dinheiro é somente um instrumento criado pelo homem para simbolizar a valia dos objetos e serviços. E muitas forças se agregaram a este símbolo. Assim, o dinheiro é também uma energia que deve ser utilizada com respeito e sabedoria. A ignorância que leva à escravidão neste instrumento tem base na luxúria e na avareza, dois aspectos do eu inferior que fazem com que a entidade humana se mantenha apegada ao corpo e, portanto, identificada com seu falso eu.

A mente tem como pilar principal o pronome “eu“. Do “eu“ nasce o “meu“, estas são as bases da ilusão. Este é o auto-engano básico onde se toma o ilusório pelo real, onde se apega a esta ilusão e se estabelece a base do sofrimento. Na jornada espiritual você não deveria perder seu tempo preocupando-se com dinheiro. Toda sua atenção deveria estar em reconhecer-se como uma manifestação do amor divino e ver esta mesma manifestação em todos os seres. Você não veio a este mundo para se preocupar com dinheiro e muito menos para comprar isto ou aquilo, e sim para realizar a grande obra que é reconhecer-se como Deus e ver o mesmo Deus em todo ser vivo. Assim, você se ocupa de realizar o seu dharma e nada lhe falta. Seja um devoto sincero e nada lhe faltará. A Mãe Divina está sempre doando tudo aquilo que seus filhos necessitam para a sua realização. Se você sente falta de algo é porque está identificado com algum aspecto da ilusão. O caminho para se libertar está na auto-investigação. A única pergunta possível é: “Quem sou eu?”. Conforme sua dedicação ao Caminho cresce em verdade, todas as suas necessidades são sempre supridas.

Desejar ter mais dinheiro do que você necessita para a sua realização espiritual é uma doença, que tem raiz na luxúria e avareza ou apego ao corpo. Esta doença irremediavelmente lhe proporcionará sofrimento. Mas não se preocupe com isto. Reconheça o seu apego e dependência da matéria através da auto-investigação. Porém, não se preocupe, apenas ocupe-se em abrir o seu coração, pois isto resolverá todos os seus problemas.

Pergunta: Então eu devo me dedicar à prática espiritual e esperar para que o dinheiro de que necessito para pagar as minhas contas apareça?

R: Você não está compreendendo o que estou dizendo. Primeiro lhe digo que as práticas espirituais não garantem a libertação. Vocês fazem práticas e mais práticas e continuam agindo a partir do mesmo medo da escassez, a partir do mesmo egoísmo. Continuam andando em círculos, ainda com a ilusão de que estão caminhando, por conta do estado de adormecimento que não lhes deixa estar conscientes de que vocês tem visto sempre as mesmas paisagens. O que estou dizendo é que você deveria ocupar-se em reconhecer a si mesmo como uma manifestação divina e ver essa mesma manifestação em todo ser vivo. Isto é atingido através da auto-investigação. Assim seu coração se abre e o seu amor, que é sua verdadeira natureza, se revela. Suas ações passam a ser serviço a Deus. Fique atento para não cruzar os braços e esperar que as coisas caiam do céu. Deus não tem outros braços além dos seus. Se Deus está em você, é você que tem que realizar. Mas a ação deve ser dedicada a Deus e não para conseguir isto ou aquilo. Acabe com este toma lá e dá cá, pois isto é fruto da ignorância.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Sócrates



A vida que não passamos em revista não vale a pena ser vivida.
A palavra é o fio de ouro do pensamento.
Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância.
É melhor fazer pouco e bem, do que muito e mal.
Alcançar o sucesso pelos próprios méritos. Vitoriosos os que assim procedem.
A ociosidade é que envelhece, não o trabalho.
O início da sabedoria é a admissão da própria ignorância.
Chamo de preguiçoso o homem que poderia estar melhor empregado.
Há sabedoria em não crer saber aquilo que tu não sabes.
Não penses mal dos que procedem mal; pense somente que estão equivocados.
O amor é filho de dois deuses, a carência e a astúcia.
A verdade não está com os homens, mas entre os homens.
Quatro características deve ter um juiz: ouvir cortesmente, responder sabiamente, ponderar prudentemente e decidir imparcialmente.
Quem melhor conhece a verdade é mais capaz de mentir.
Sob a direção de um forte general, não haverá jamais soldados fracos.
Todo o meu saber consiste em saber que nada sei.
Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo de Deus.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Pachamama


Sagrada Mãe Terra!
Que honremos nossa passagem, com Eterna Gratidão!
Que nossa Consciência se expanda em Amor e Compreensão!
Que a União Sagrada aconteça!
Que o Respeito Maior prevaleça sobre a ilusão da separação!
Que a Alegria na jornada seja experimentada por tudo e todos!
Glória Infinita ao Grande Espírito e a Mãe Natureza em Paz e Comunhão com os homens de boa vontade!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

ESTOU EM TODA PARTE



CONTEMPLO através dos olhos de todos.Trabalho por intermédio de todas as mãos. Caminho por meio de todos os pés. Os corpos morenos, brancos, azeitonados, amarelos, vermelhos e negros são todos meus.  Penso com as mentes de todos os sentimentos. Sonho em todos os sonhos. Sinto em todos os sentimentos. Minhas são as flores de alegria, que desabrocham nos campos de todos os corações.

Sou o eterno riso. Meus sorrisos dançam em todas as faces. Sou as ondas de entusiasmo em todos os corações sintonizados com DEUS.

Sou o vento da sabedoria, que extingue os suspiros  e tristezas de toda a humanidade. Sou a silente alegria da vida, que se move através de todos os seres.

Pai celestial, ensina-me a encontrar a liberdade em Ti, para que eu possa saber que , na terra,nada me pertence; tudo pertence somente a Ti. Ensina-me a saber que o meu lar é a Tua Onipresença.

Ó silêncio Cósmico, ouço Tua voz no murmúrio dos regatos, no canto do rouxinol, no ressoar das conchas do mar, no pulsar das ondas do oceano e no zumbido das vibrações.

Amado DEUS , eu Te adorarei não mais com palavras, mas com a ardente chama do amor do meu coração.

Ensina-me a comtemplar Tua imensidão, Tua imutilidade por tras de todas as coisas, para que eu possa me perceber como parte de Teu Ser imutável.

Ó poderoso Oceano, oro para que os rios de meus desejos, serpenteando por muitos desertos de dificuldades, possam afinal desaguar em Ti.

Incendiarei todo o espaço e rolarei sobre o seu seio, ileso e imortal. Mergulharei no infinito, sem jamais chegar ao fim. Sempre a correr espalharei o meu riso por todas as coisas , por todo o movimento e pelo vácuo imóvel.

Desperta-me ó Pai celestial, para que eu possa ressucitar do confinante sepulcro do corpo para a consciência de meu corpo cósmico.

Ó Amor imortal, une meu amor com Teu amor, minha vida com Tua alegria, minha mente com Tua mente com Tua consciência cósmica.
Que eu nada mais comtemple senão a beleza , senão o bem, senão a verdade senão Tua fonte imortal de bem-aventurança.

Por toda a parte , ó Mãe Divina , no salão da criação , ouço o ritmo de teus passos dançando impetuosamente no ribombar do trovão, e suavemente na canção dos átomos.


Extraído do livro:

"MEDITAÇÕES METAFÍSICAS"

Paramahansa Yogananda

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Om Mani Padme Hum


OM

Que eu seja portador da Verdade e que ela porte a mim.
Que eu seja como um expelho a refletir a Luz Divina.
Que eu seja como o vento, intocado e sempre o mesmo, apesar das diferentes fragrâncias que ele transporta.

MANI


Que minha mente seja a Pedra Filosofal a transformar o cobre do mundo no Ouro da Espiritualidade.
Que ela seja firme e diamantina, com clareza inigualável.
Que ela converta os diversos tons da Verdade no feixe Absoluto.


PADME


Que minha mente se expanda e perceba cada vez mais a Consciência.
Que a Consciência se expresse no meu sorriso.
Que a Sabedoria se faça presente em todo o meu ser.


HUM


Que a sua presença perceba a sublime fragrância da Compaixão.
Ó Mente! Que tu seja como uma abelha enlouquecida pela doce fragrância!
Que tu pouse no coração de todos os seres e alimente-os.
E só pare quando todos estiverem cheios de todo o Vazio.
Aí, e somente aí, desvaneça-se e se torne Buddha, ó mente minha!

- Luiz Fernando Mingrone "Enki", Instrutor de Yoga, e Coordenador do Portal Yogashala ( www.yogashala.org.br )


Nota: Om Mani Padme Hum ( Sânscrito ) literalmente significa "Salve a Jóia no Lótus", é um mantra de evocação do Bodhisattva da Compaixão entre os budistas tibetanos e chineses.
OM é a vibração do Todo.
MANI é a "Jóia Expiritual que mora no Coração", ou seja, é o próprio Espírito, Atman, essência de Brahman.
PADME é o Lótus ( Chacra Cardíaco ) que envolve energeticamente essa Jóia Sutil.
HUM é a vibração dessa compaixão do Todo vertendo a Luz pelo chacra cardíaco a favor de todos os seres.

Informações do site do IPPB ( www.ippb.org.br )

domingo, 13 de junho de 2010

Absoluto/Relativo


Infinitas são as possibilidades;
Qualquer definição jamais será definitiva;
Pois tudo é relativo,
E nossa compreensão depende do ponto de vista.

sábado, 29 de maio de 2010

Foco (Atenção)


Mantenha o seu agir salutar,
Focando-se no desejo essencial;
Sinta o efeito da manifestação que tu queres,
E alimente este hábito com firmeza,
Até que se torne naturalmente existente.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Palavras-Chave: Para sentir O Espírito que as Vivifica


Aqui vão algumas palavras dignas de meditação ( Como cada um interpreta cada palavra de uma maneira em particular, enfatizo que procurem o significado mais elevado e puro de cada uma dessas palavras ) :

Intuição    Lembrança    Vida

Disciplina    Proteção    Agora

Inovação    Força    Paciência

Coragem    Energia    Entendimento

Sentimento    Sabedoria    Liberdade

Tranquilidade    Compaixão    Igualdade

Conexão    Inteligência    Fraternidade

Amizade    Humildade    Criação
Diversão    Transformação    Preservação

Trabalho   Ascensão    Eternidade

Perseverança    Transcendência    Perfeição

Amor    Percepção    Contato

Paz    Cuidado    Instrução

Luz    Lucidez    Infinito

Compreensão    Atenção    Todo

Felicidade    Elevação    Tudo

Novidade    Brilho    Todos

Emanação   Intenção    Unidade

Fé    Honestidade    OM

Atitude    Ação   Verdade

Foco    Palavra    Respeito

Evolução    Pensamento    Progresso

Contentamento    Poder    Certeza

Meditação    Concentração    Clareza

Purificação    Alegria    Melhor

Harmonia    Domínio    Integral

Fluxo    Superior    Vontade

Cura    Limpeza    Supremo

Ajuda    Equilíbrio    Carinho

Sinceridade    Afeição    Instrução

Auto-Conhecimento    Dever Maior    Consciência

Empatia   Irmandade   Deus